Massimo Vanni

"O Último Tubarão" extrapola qualquer falsa sutileza e copia, praticamente na íntegra, o enredo de "Tubarão", o sucesso mundial de Steven Spielberg. Como o nível de picaretagem estava mais alto que o de costume (tanto que no Brasil o filme saiu como um produto da franquia "Tubarão") - e esse filme estava dando mais lucro que "Tubarão 2" -, Spielberg e cia. decidiram processar os italianos por plágio. Como o roteiro é praticamente igual ao da obra de Spielberg, não vamos perder tempo esmiuçando a trama e similares, vamos pra parte que interessa: todo o sangue que a versão americana escondia, esse aqui mostra; se Spielberg (espertamente) quase não mostra o peixão pra criar suspense, aqui - mesmo não tendo 10% dos recursos - Castellari mostra o tubarão e todos seus dentes (de plástico) à cada ataque, mesmo que não tenha efeitos eficientes o suficiente pra isso (mais disso adiante).

A poderosa e inescrupulosa corporação que domina Manhattan inicia uma operação militar para expulsar todos os moradores do Bronx, visando demolir os prédios velhos e construir ali condomínios para moradores da alta sociedade. Quando os mercenários contratados pelo conglomerado começam a exterminar os moradores do Bronx como ratos, a única esperança de salvação passa a ser o herói solitário Trash, sobrevivente do massacre das gangues.

Um tiro na escuridão. Um homem foge pela floresta, é preso pela polícia e levado para a delegacia. Ele está nervoso por não se lembrar o que aconteceu, mas tem certeza que não fez nada de errado; deve esperar o delegado para ser interrogado. Quando o delegado chega, o homem é informado que um assassinato ocorreu naquela noite, e ele é o principal suspeito; se quiser ser liberado e voltar para casa, precisará se lembrar de tudo que se passou naquela noite.